Era uma vez uma tapada que tinha uma pequena capela onde existia uma pequena floresta verde rodeada de altos muros. Nessa capela trabalhavam várias meninas escravas, dia e noite, noite e dia, até não conseguirem mais, o seu destino era ficarem doentes e acabarem por morrer.
Numa noite de lua cheia estavam todas a trabalhar e uma delas que se chamava Mercês estava a lavar o chão, ela olhava com muita atenção para a lua.
Subitamente apareceu uma estrela cadente e ela sem perder a oportunidade pediu rapidamente um desejo, o desejo que pediu foi um sonho que ela tinha há muito, encontrar uma maneira de sair daquele lugar, ter liberdade.
Cada dia que passava a Mercês não perdia a esperança, ficava atenta a tudo, pois o desejo podia-lhe passar mesmo debaixo do seu nariz sem ela se aperceber.
Um dia quando ela já estava a ficar sem esperança e a pensar que o seu sonho nunca se iria realizar, um rapaz muito bonito e bem vestido, passou pela janela e meteu conversa com ela, ela que não sabia o que dizer tentou causar boa impressão, pois podia ser o bilhete da saída de ter liberdade, não a podia desperdiçar.
Todos os dias o rapaz passava pela janela e fazia-lhe companhia, iam ficando cada vez mais próximos, era como se ele fosse o seu príncipe.
Um dia ela disse-lhe que nunca tinha saído de aquela sítio, que nunca tinha tido liberdade, o rapaz pensou durante uns instantes, e sem hesitar perguntou-lhe se ela queria sair de ali e ajudar todas as outras escravas, ela respondeu-lhe que sim sem pensar duas vezes, e passado algum tempo tinham um plano para acabar com aquela injustiça.
Uma noite Mercês espalhou o boato que a capela estava a arder para que no meio da confusão pudessem fugir.
Nessa mesmo noite a capela incendiou-se mesmo, tinha caído uma vela que pegara fogo às velhas madeiras. Havia fumo por todo o lado, gritos, algazarra e medo, entretanto Mercês e o rapaz tinham ficado presos lá dentro até perderem a consciência com o fumo.
No dia seguinte encontraram os dois corpos juntos, foram os únicos que não se salvaram.
Uma semana depois a capela estava reconstruída, ninguém soube como, mas conta a lenda que foram os espíritos dos dois que o fizeram.
Contributo de Patrícia Rascão, 6ºA
Adorei!
ResponderEliminarMuito original, sem dúvida.
Parabéns pequena Patrícia.
Abraço,
Prof. João Caravaca