Boas Férias

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01/02/11

A QUINTA ABANDONADA

Era uma vez uma quinta, cujo dono era muito velho. Ele ia trabalhando a terra como podia e tratando dos poucos animais que ainda tinha.
 Certo dia saiu para ir à vila e nunca mais voltou. Dois dias depois, os animais estavam inquietos pois estavam com fome e já tinham percebido que o dono não ia voltar. Não havia ninguém para herdar a quinta e nunca tinha ajuda de ninguém, por isso estavam por conta própria.
O cavalo tomou a iniciativa e convidou a vaca para se juntar a ele, pediram ao cão e ao gato para chamar todos os outros animais e assim que estavam todos a reunião começou:
- Estamos aqui porque, como todos já devem ter reparado, o nosso dono não voltou e precisamos de nos organizar. – começou por dizer o cavalo.
A vaca continuou:
- Sozinhos, podemos sobreviver, não morreremos de fome se nos ajudarmos uns aos outros. Devemos guardar a quinta onde vivemos pois se vem aqui algum humano separam-nos, nunca mais nos vemos e obrigam-nos a trabalhar muito.
Os animais concordaram que queriam continuar juntos e a viver ali, pois era um óptimo lugar para se viver.
- O cão e o gato, como são mais novos e ágeis ficam responsáveis pela segurança, eu, que sou forte e rápido fico responsável pelas instalações e a vaca, que é calma e ponderada fica responsável pela resolução de problemas – determinou o cavalo.
Todos concordaram e foram dormir cheios de esperança no seu futuro, afinal se calhar as coisas iriam resolver-se pelo melhor e todos unidos iriam conseguir salvar o único lar que muitos daqueles animais conheciam.
Nos dias seguintes começaram-se a organizar as equipas, o cão e o gato pareciam autênticos comandantes do exército, davam ordens para aqui arranjavam estratégias de defesa para ali. A brigada da segurança estava em plena actividade, até tinham constituído patrulhas para vigiar a quinta de dia e de noite.
O cavalo formou grupos de manutenção que verificavam o estado do celeiro, do estábulo e das cavalariças. Por vezes era preciso fazer algum arranjo mas eles lá conseguiam resolver o problema.
A vaca criou uma equipa para a alimentação e uma para a enfermaria.  Eram muito organizados, nunca faltava comida para nenhum animal e estavam sempre de plantão no caso de algum dos animais adoecer.
Tudo estava a correr bem e os animais estavam felizes.
Certo dia, apareceram dois homens na quinta. Eles traziam sacos muito grandes e pesados e vestiam-se de uma forma muito estranha. Quando os homens entraram dentro da casa que estava numa parte da quinta o cavalo, a vaca, o cão e o gato foram logo a correr ver o que é que eles estavam a fazer e começaram a ouvir a conversa deles.
-Este sítio é perfeito para escondermos o ouro. – disse um dos homens.
-Tens toda a razão. Afinal, quem é que vai procurar ouro numa quinta abandonada? E nós também podíamos viver aqui. – respondeu o outro homem com um sorriso malvado.
Depois de ouvir isto, os animais ficaram chocados e começaram a conversar.
- Isto é incrível, é que ainda por cima não são só homens, são ladrões. – proferiu o gato.
- E não só. Estes ladrões querem ficar aqui, na nossa quinta, isso é que não pode ser! – exclamou a vaca.
- Tive uma ideia! Cão e gato vão dizer a todos os animais para irem ter comigo e com a vaca ao estábulo o mais depressa possível. – disse o cavalo.
Quando todos os animais estavam no estábulo o cavalo começou a falar:
- Aqui, na nossa quinta estão dois ladrões que querem ficar. E a nossa missão é fazer com que eles a deixem. Tenho um plano.
O cavalo começou a explicar o seu plano e os animais ouviram tudo com muita atenção. Quando começou a escurecer, os animais puseram o plano em prática.  
Tum, tum, tum - bateram à porta.
- Mas quem será? – questionou um dos ladrões. – Eu vou abrir.
Quando ele abriu a porta a única coisa que conseguiu ver foi um casco e depois estrelas porque levou com um coice na cara.
- Mas o que é que se passa com o cavalo? – perguntou o outro ladrão que estava de pé e viu o que se passou.
Fechou a porta, ajudou o colega a sentar-se e estava a ver se ele estava muito magoado quando ouviram bater novamente à porta.
- Agora vou eu. – disse o segundo ladrão e abriu a porta com cuidado e espreitando para não ser surpreendido como o seu colega, mas qual não foi o seu espanto quando um cão entrou e lhe deu uma grande dentada numa perna.
- Ahhhhhh! – gritou o segundo ladrão. – Mas que raio se está a passar aqui? Os animais estão doidos?
Coxo e com o amigo ainda agarrado à cabeça saíram da casa para ver o que se estava a passar e foram rodeados por uma grande quantidade de galinhas que lhes bicavam com toda a força, começaram a correr sem ver por onde iam e foram cair no lamaçal da pocilga. Eles bem tentavam levantar-se mas escorregavam e ainda eram empurrados pelos porcos que lhes davam umas boas dentadas.
Quando conseguiram sair daquele inferno esconderam-se no estábulo onde se encontraram com a vaca, respirando de alívio pois esta, parecia absolutamente calma, ali naquele canto a ruminar. Mas quando começavam a pensar estar fora de perigo, a vaca ficou com os olhos vermelhos e como estava com muita raiva levantou-se e correu sobre eles a marrar, ao mesmo tempo que o gato se atirava e lhes arranhava as caras e os ladrões saíram disparados do estábulo.
Já cheios de medo dos animais e muito maltratados os ladrões saíram a correr da quinta e nunca mais voltaram porque foram presos e tiveram de cumprir prisão perpétua, por todos os crimes que já tinham cometido.
Entretanto, os animais puderam voltar a viver sossegados na sua quinta, tinham saudades do dono e por isso decidiram proteger aquele sítio com a sua própria vida e, como já tinham feito uma vez, não seria difícil voltar a fazê-la.                     
                                                                                                                        
Contributo de Beatriz Teodósio, 6ºA  

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